Dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde apontam que, a cada sete crianças brasileiras, uma está com excesso de peso ou obesidade. Situação que pode ser evitada, segundo a nutricionista Fernanda Duarte, do Hospital da Criança de Alagoas (HCA), em Maceió, por meio da adoção de medidas simples. 

Conforme a especialista, os pais devem incentivar as crianças a incluir frutas, verduras e alimentos naturais no cardápio cotidiano, evitando os alimentos ultraprocessados. 

Também é necessário criar o hábito da prática de exercícios físicos regulares. Outro fator importante nos dias atuais é limitar o tempo de uso de telas, bem como, cuidar da saúde emocional das crianças. 

"A obesidade infantil é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo da criança. Isso acontece pelo desequilíbrio entre a quantidade de energia consumida, através dos alimentos, e a quantidade de energia gasta nas atividades físicas diárias. Má alimentação, produtos industrializados, doces, frituras e refrigerantes, sedentarismo, fatores genéticos, hormonais e emocionais, falta de atividade física e excesso de telas”, explica Fernanda Duarte. 

Manifestações clínicas e ajuda  

A nutricionista do Hospital da Criança de Alagoas salienta que a obesidade pode vir acompanhada de pressão alta, diabetes, colesterol e triglicerídeos altos, gordura no fígado, dificuldades para dormir, dores nas articulações e manchas escuras na pele.

"Por isso é importante que os pais e responsáveis procurem ajuda de especialistas para dar uma melhor qualidade de vida para os seus filhos", orienta. 

No Hospital da Criança de Alagoas, o público infantil pode ter acompanhamento com nutricionista, nutrólogo, psicólogo, pediatra ou psiquiatra no ambulatório.  

Para ter acesso, é preciso marcar a consulta por meio do Sistema de Regulação na Unidade Básica de Saúde (UBSs) ou nas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs).