O Departamento de Estado dos EUA planeja introduzir um chatbot baseado em inteligência artificial para formar comissões responsáveis ​​por promoções anuais e mudanças de pessoal, informou a Reuters nesta segunda-feira (9), citando documentos internos.

O chatbot corporativo StateChat, criado usando tecnologias Palantir e Microsoft, será usado para selecionar funcionários diplomáticos para as comissões de certificação, disse a agência.

De acordo com documentos internos, o sistema desempenhará um papel fundamental na "seleção objetiva" dos membros da comissão, analisando as patentes e qualificações dos diplomatas. Após a seleção automática dos candidatos mais adequados, cada um deles será submetido a uma verificação de confiabilidade e de violações disciplinares.

A agência observa que nada foi dito sobre o cumprimento das cotas para mulheres e minorias étnicas. A Associação do Serviço Exterior Americano (ASA, na sigla em inglês), que representa funcionários do Departamento de Estado, solicitou à liderança esclarecimentos sobre como o uso da IA ​​cumpriria as obrigações legais.

A Lei da Igualdade das Minorias de 1980 foi elaborada para proteger os direitos e criar oportunidades iguais nos Estados Unidos. A legislação estabelece medidas para combater a discriminação em diversas áreas da vida: no mercado de trabalho, na educação, na oferta de moradia e nos serviços públicos. Além disso, a lei prevê cotas ou metas destinadas a aumentar a representação de minorias em diversas estruturas, incluindo o Departamento de Estado.

No entanto, o presidente dos EUA, Donald Trump, tem se manifestado repetidamente contra a chamada política de diversidade, equidade e inclusão, chamando-a de discriminatória.