Internacional
Atentados com explosivos deixam ao menos 1 morto na Colômbia e ampliam tensão no país
Sete ataques com explosivos, quatro deles com carros-bomba, deixaram ao menos um morto nesta terça-feira (10) na cidade de Cali, na Colômbia, e em municípios vizinhos.
Os atentados ocorrem três dias após o senador Miguel Uribe ter sido baleado em um comício na capital Bogotá.
As explosões ocorreram perto de delegacias de polícia. Dissidentes das extintas Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) atuam na região e mantêm uma guerra contra o governo de Gustavo Petro. Até o momento, ninguém reivindicou a ação.
Os carros-bomba explodiram em dois municípios do departamento do Valle del Cauca, do qual Cali é a capital: Jamundí e Corinto.
O clima de tensão no país já era alto depois do episódio com Uribe. Pré-candidato à Presidência nas eleições de maio de 2026, ele está internado em estado grave após ter passado por uma cirurgia na cabeça e na perna. Segundo boletim divulgado pelo hospital, o senador apresenta "pouca resposta" ao tratamento médico.
Os atentados revivem o trauma da violência política dos anos 1980 e 90, em um momento em que a polarização está inflamada e os grupos armados do país voltam às armas.
Passados três dias dos tiros disparados contra Uribe, senador pelo Partido Centro Democrático, são poucas as informações concretas sobre o ataque, mas seu efeito paralisou a agenda política do governo do esquerdista Gustavo Petro e criou um temor sobre o retorno da violência contra políticos.
O que se sabe até o momento é que Uribe Turbay sofreu dois tiros na cabeça disparados por um adolescente de 15 anos durante um evento de pré-campanha em um bairro de classe média da capital, Bogotá. O adolescente está sob custódia, e as autoridades buscam descobrir quem foi o mandante do atentado e por quê.
A imprensa colombiana afirma que não existem indícios conhecidos que possam indicar quem e o quê estaria por trás do atentado. Antes de ser senador, Uribe Turbay foi secretário do governo e vereador de Bogotá.
Ele é filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 pelo grupo narcoterrorista Extraditáveis, liderado por Pablo Escobar (a história foi retratada pelo escritor Gabriel García Márquez no livro Notícias de um Sequestro). Uribe tinha três anos na época.
A tragédia familiar está inserida na história do conflito armado da Colômbia, que surgiu nos anos 50 e tem evoluído ao longo do tempo. Nas décadas de 1980 e 90, com o aumento do narcotráfico, a violência política passou a envolver os cartéis de Medellín e Cali, grupos paramilitares de direita e guerrilhas como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN). As duas décadas ficaram marcadas por 220 mil mortos e 25 mil desaparecidos, além de numerosos atentados políticos.
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