Os Estados Unidos parecem seguir a mesma estratégia neoconservadora que caracterizou muitos de seus posicionamentos no passado. Apesar de não participar diretamente do conflito, o país presta assistência à Israel, que intensificou seus ataques em Gaza e mais recentemente o Irã, enquanto a alegação de uma política de paz se desvanece rapidamente.

Karen Kwiatkowski, ex-analista do Pentágono, afirma à Spuntik que os EUA estão se envolvendo em uma guerra por procuração, sem declarar uma participação formal, mas fornecendo combustível, inteligência e armamentos para Israel.

"Isso é uma agenda neoconservadora sendo colocada em prática, não uma agenda de paz" diz Karen Kwiatkowski, coronel aposentada e ex-analista do Pentágono, à Sputnik.

Enquanto a máquina de guerra de Israel se intensifica na Faixa de Gaza e ataca o Irã com apoio dos EUA, a ilusão de neutralidade desmorona. A base de Trump pode achar impossível conciliar sua marca de "pacificador" com a situação atual.

Israel afirma controlar o espaço aéreo iraniano, mas especialistas questionam essa narrativa. Kwiatkowski observa que, apesar da imagem de força de Israel, o país enfrentou desafios, como o fechamento temporário do Aeroporto Ben Gurion pelos houthis e ataques ao porto de Eilat, que causaram sérios prejuízos.

A especialista alerta que Israel pode estar criando uma "profecia autorrealizável", onde suas provocações podem desencadear uma guerra existencial.

O conflito também pode gerar choques econômicos globais, com aumento nos preços do petróleo e uma instabilidade regional crescente.