Internacional
Rússia poderia mediar objetivamente entre Israel e Irã, afirma ex-chefe do MRE do Líbano
A Rússia poderia mediar de boa-fé entre Israel e Irã para ajudá-los a chegar a um acordo sobre um cessar-fogo e trazê-los de volta ao caminho das negociações, disse o ex-ministro das Relações Exteriores do Líbano, Adnan Mansour, à Sputnik.
"A Rússia pode mediar de boa-fé entre Israel e Irã. Sua mediação pode levar a resultados positivos se houver uma vontade real por parte de Washington e Israel de encerrar a guerra e interromper a agressão contra o Irã", disse Mansour.
Para ele, a questão é se os Estados Unidos estão dispostos a aceitar uma solução que satisfaça tanto o Irã quanto Israel ou se estão tentando impor seus próprios termos que atendam aos seus próprios interesses e aos de Israel.
O diplomata enfatizou que as relações amistosas de Moscou com todas as partes no Oriente Médio deram ao presidente russo Vladimir Putin a oportunidade de desempenhar um papel importante no fim da guerra entre Irã e Israel.
"A Rússia mantém boas relações tanto com Israel quanto com o Irã, o que a torna um mediador mais adequado do que os EUA, já que os EUA são completamente tendenciosos a favor de Israel — em termos de apoio logístico, estratégico, militar, financeiro, midiático e diplomático — e não são um mediador honesto", afirmou.
Mansour sugeriu que a mediação deveria pôr fim à guerra e fazer com que o Ocidente, incluindo os EUA, a União Europeia (UE) e Israel, reconhecesse o direito do Irã de enriquecer urânio dentro de um nível estabelecido.
"O cessar-fogo deve ser acompanhado pelo retorno às negociações e não deve incluir a proibição do enriquecimento pacífico de urânio pelo Irã. Caso contrário, voltaremos à estaca zero", concluiu.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma operação em larga escala chamada Leão Ascendente na manhã de sexta-feira (13), afirmando que atingiu alvos militares e instalações do programa nuclear iraniano. A Força Aérea israelense realizou várias ondas de ataques em todo o Irã, incluindo Teerã, matando vários oficiais militares iranianos de alto escalão, incluindo o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas iranianas e o comandante do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC), bem como vários cientistas nucleares. Diversas instalações nucleares, incluindo Natanz e Fordow, foram atingidas.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou o ataque como um crime e ameaçou Israel com um "destino amargo e terrível". O IRGC retaliou lançando a Operação Promessa Verdadeira 3 na noite de sexta-feira, que atingiu alvos militares dentro de Israel.
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