O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal manteve a acareação entre o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e o general Braga Netto para a próxima terça-feira (24). É que a defesa do general tinha pedido o adiamento da audiência para sexta-feira (27) porque o advogado principal do processo, José Luis de Oliveira Lima, estará em viagem internacional. Porém, Alexandre de Moraes entendeu que Braga Netto é acompanhado uma banca composta por seis advogados e que outros representantes dele também podem participar da acareação.

O “frente a frente” de Mauro Cid e Braga Netto é necessário, segundo a defesa do general, diante de divergências nos interrogatórios dos dois na semana passada. A defesa sustenta a necessidade de mais esclarecimentos sobre as acusações de que Braga Netto discutiu o plano Punhal Verde e Amarelo, planejamento golpista para matar autoridades, e que teria entregue a Cid dinheiro em uma sacola de vinho.

No interrogatório, Braga Netto disse que não sabia do plano Punhal Verde Amarelo e negou ter repassado a Mauro Cid dinheiro dentro de uma sacola de vinho para que fosse entregue a militares que faziam parte do esquadrão de elite do Exército, chamados de "kids pretos".

O general está preso desde dezembro do ano passado sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e tentar obter detalhes dos depoimentos de delação de Cid.

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