O ator Francisco Cuoco, um dos maiores galãs da história da televisão brasileira, faleceu nesta quinta-feira (19), aos 91 anos, em São Paulo. Ele estava internado há cerca de 20 dias no Hospital Albert Einstein, onde permanecia sedado. A informação foi confirmada por familiares. A causa da morte não foi divulgada.


De acordo com sua irmã, Grácia Cuoco, com quem o ator residia, o quadro de saúde se agravou em função da idade avançada e de uma infecção decorrente de um ferimento. Nos últimos meses, o ator enfrentava sucessivas internações.


Com uma carreira marcada por personagens fortes e carismáticos, Cuoco foi símbolo de virilidade, charme e intensidade emocional, especialmente nas décadas de 1970 a 1990. Sua presença marcante, voz grave e olhar expressivo o transformaram em um dos rostos mais reconhecidos da era de ouro da teledramaturgia brasileira.


Entre os papéis mais emblemáticos que interpretou estão os protagonistas das novelas Selva de Pedra (1972), O Astro (1977) e Pecado Capital (1975), todas da TV Globo, emissora com a qual manteve uma longa e bem-sucedida parceria.


Trajetória de superação e dedicação à arte


Francisco Cuoco nasceu em 1933, no bairro do Brás, em São Paulo, em uma família de origem humilde. Ainda jovem, ajudava o pai como feirante, até ingressar, nos anos 1950, na Escola de Arte Dramática (EAD), hoje vinculada à USP. Foi ali que iniciou sua formação artística e iniciou uma carreira que atravessaria gerações.


Embora também tenha atuado no teatro e no cinema, foi na televisão que Cuoco alcançou maior notoriedade. Ao longo de mais de seis décadas de carreira, construiu uma trajetória sólida, tornando-se referência entre atores brasileiros e inspiração para novas gerações.


Sua morte encerra um capítulo importante da cultura nacional. Francisco Cuoco deixa um legado duradouro na memória afetiva do público brasileiro e na história da televisão.