Internacional
Trump muda de ideia e sugere mudança de governo no Irã, se suas demandas não forem atendidas
Menos de 24 horas depois de afirmar que os ataques dos EUA ao Irã tinham alvos limitados sem intenção de derrubar o governo do país persa, o presidente estadunidense, Donald Trump, questionou em uma postagem nas redes sociais, neste domingo (22), a liderança iraniana e sugeriu mudança de governo.
"Não é politicamente correto usar o termo 'mudança de regime', mas se o atual regime iraniano não é capaz de tornar o Irã grande novamente, por que não haveria uma mudança de regime???", disse Trump em sua página Truth Social.
O ataque ocorreu na noite de ontem (21) e foi anunciado por Trump nas redes sociais ao afirmar que os EUA haviam bombardeado com sucesso três instalações nucleares no Irã, entre elas, Fordow, a principal delas.
O bombardeio, segundo Washington, foi planejado para "destruir ou enfraquecer seriamente" o programa nuclear do Irã. O ataque foi classificado por Teerã como "bárbaro e criminoso". Após a ação, J.D. Vance, vice-presidente norte-americano, afirmou que os EUA não estão em guerra com o país persa.
O Ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, afirmou que "a porta para a diplomacia deveria estar sempre aberta, mas agora não é o caso". A Organização de Energia Atômica do Irã disse que o desenvolvimento da indústria nuclear do Irã não será interrompido pelo episódio.
Segundo números mais recentes divulgados pelo ministério, desde o início da ofensiva israelense no Irã, no dia 13 de junho, mais de 400 pessoas morreram e mais de 3 mil ficaram feridas no país. Do lado israelense, autoridades apontam pelo menos 25 mortos em ataques iranianos.
Países reagem aos ataques
Vários países condenaram os ataques norteamericanos contra o Irã, dentre eles o Brasil, a Rússia e a China.
Em nota, o Itamaraty classificou a ofensiva como uma violação da soberania iraniana e do direito internacional.
A chancelaria expressou "grave preocupação com a escalada militar" no Oriente Médio e afirmou que tanto os ataques norte-americanos quanto os israelenses contrariam a Carta das Nações Unidas e as normas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O Brasil reiterou seu apoio ao uso pacífico da energia nuclear e rejeitou qualquer forma de proliferação.
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