Internacional
EUA abrem 'precedente perigoso' ao atacarem Irã; 'atingem pilar da ordem de segurança internacional'
A operação militar dos EUA contra o Irã "não só intensifica as tensões no Oriente Médio, como também corre o risco de desencadear uma crise mais ampla", afirmou o jornal chinês Global Times em um editorial nesta segunda-feira (23).
De acordo com o jornal, ao usar bombas antibunker para atacar bases nucleares iranianas com o objetivo de deixá-las fora de operação, os Estados Unidos escalaram deliberadamente o tipo de armamento utilizado no conflito, levando a crise entre Irã e Israel a um estado incontrolável.
"As bombas americanas afetaram os alicerces da ordem de segurança internacional. Ao atacar instalações nucleares sob as salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Washington estabeleceu um precedente perigoso", afirma o Global Times.
Essa ação, segundo o artigo, representa uma rejeição à postura diplomática da comunidade internacional, que tem tratado a questão nuclear iraniana por meio de negociações multilaterais ao longo de muitos anos.
O jornal aponta que a participação direta do Exército dos EUA no conflito complicou e desestabilizou ainda mais a situação no Oriente Médio, arrastando mais países e civis inocentes para o confronto, obrigando-os a lidar com perdas.
"Os fatos demonstram que a intervenção dos Estados Unidos está provocando a disseminação do conflito entre o Irã e Israel. Em apenas um dia, investidores internacionais correram para vender ativos de risco, e as discussões sobre uma guerra no Oriente Médio se multiplicaram nos meios de comunicação, refletindo a crescente ansiedade da comunidade internacional diante da instabilidade crescente na região".
O jornal lembra ainda que a China se opõe sistematicamente à ameaça e ao uso abusivo da força e, ao contrário, defende a resolução das crises por meios políticos e diplomáticos.
"A história no Oriente Médio demonstrou repetidamente que a intervenção militar externa nunca traz a paz; apenas aprofunda o ódio e os traumas regionais. A lógica equivocada por trás da coerção americana pela força vai contra a paz. Espera-se que as partes envolvidas, especialmente Israel, implementem um cessar-fogo imediato, garantam a segurança dos civis e abram espaço para o diálogo e a negociação, a fim de restabelecer a paz e a estabilidade na região", conclui o editorial.
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