Um atentado suicida dentro de uma igreja lotada de fiéis em Damasco, capital da Síria, durante uma celebração no último domingo (22), deixou dezenas de mortos e feridos.

Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira (23) pelo Observatório Nacional de Direitos Humanos na Síria, organização de monitoramento da guerra com sede no Reino Unido, o atentado provocou 30 vítimas e 60 feridos.

A explosão de um homem-bomba em Dweil'a, nos arredores de Damasco, ocorreu no momento em que fiéis rezavam dentro da Igreja Mar Elias.

Ainda de acordo com a ONG, 27 corpos já foram identificados, enquanto os restos mortais de três pessoas permanecem sem nome.

A imprensa local relata ainda que há crianças entre os atingidos.

Após o ataque suicida, o primeiro desde a queda do ditador Bashar al-Assad em dezembro passado, o governo sírio atribuiu o ataque ao grupo Estado Islâmico. As autoridades sírias relataram que o agressor usava cinto de explosivos e era um afiliado dos jihadistas.

O presidente da França, Emmanuel Macron, condenou a ofensiva "com a máxima firmeza" e expressou sua solidariedade ao povo sírio.

O ataque suicida ocorre no momento em que o novo governo tenta obter o apoio de minorias religiosas e de outros setores. Há alguns dias, inclusive, anunciou um aumento de 200% nos salários e pensões do setor público, numa tentativa de enfrentar a grave crise econômica após o recente alívio das sanções internacionais.