O chefe da Organização de Energia Atômica do Irã, Mohammad Eslami, assegurou nesta terça-feira (24) que o país vai continuar com seu programa nuclear, atividade que está no cerne da guerra de 12 dias contra Israel.

"O plano é prevenir interrupções no processo de produção e nos serviços [de energia]", afirmou Eslami, segundo a agência de notícias semioficial iraniana Mehr.

De acordo com ele, antes mesmos dos bombardeios dos últimos dias, o Irã já havia planejado maneiras de restabelecer sua indústria nuclear, que Teerã garante ter fins pacíficos, embora Israel e EUA acusem o país persa de mirar o desenvolvimento de bombas atômicas.

"O Irã nunca vai reconstruir suas instalações nucleares!", garantiu o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em uma publicação nas redes sociais nesta terça.

No último fim de semana, os bombardeiros mais modernos dos EUA atacaram as centrais nucleares de Fordow, Isfahan e Natanz, que já haviam sido atingidas anteriormente por Israel. De acordo com Trump, a operação "aniquilou" as capacidades atômicas do Irã, que não confirmou a extensão dos danos nas três usinas.

Enquanto isso, a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea) enviou uma mensagem ao ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, para propor uma reunião e pedir a retomada da "cooperação" entre o organismo e as autoridades de Teerã.