Cidades
Narrativas plurais no cinema alagoano: 2ª Mostra Mulheres+ no Cinema promove exibições de filmes e atividades culturais em Maceió

A Piracema Studio e o Festival Carambola, produtoras culturais alagoanas, confirmam e divulgam a 2ª edição da Mostra Mulheres+ no Cinema, evento da sétima arte que acontecerá em Maceió (AL) entre os dias 04 até 06 de julho. A programação gratuita acontece no Carambola Lab e no Theatro Homerinho, ambos pontos de cultura localizados no bairro de Jaraguá, na Rua Sá e Albuquerque.
A Mostra Mulheres+ no Cinema é tela de projeção para o cinema alagoano e nacional produzido por mulheres e pessoas atravessadas por experiências de exclusão por questões de gênero (mulheres trans e cis, pessoas não binárias e homens trans).
Com o tema “Desapropriando corpos dissidentes: a potência do cinema para além da narrativa heterossexual”, a Mostra convida o público a experimentar em coletivo a pluralidade de narrativas, estéticas e linguagens que resistem ao silenciamento. Além disso, em 2025, o projeto homenageia duas mulheres negras que marcaram a luta pelos direitos LGBTQIAPN+ : Adélia Sampaio (MG) e Rosa Mossoró (AL).
Entre os dias 25 de junho e 04 de julho, a Mostra promove um ciclo educativo voltado ao cinema, as inscrições já estão encerradas e as pessoas selecionadas para compor as turmas já foram notificadas via email. Na sequência, entre 04 a 06 de julho, o projeto leva gratuitamente para o Jaraguá exibições de longas e curtas-metragens, mesas redondas, painéis e mostras competitivas.
Os filmes das mostras competitivas serão julgados por Tuca Siqueira (PE), roteirista, diretora e sócia da Garimpo Filmes; Ana Caroline Brito (DF), cineasta, produtora cultural e curadora da plataforma de streaming Todesplay; e Giovanna Siqueira (SP), doutoranda em Artes da Cena pela UFRJ, professora da FAAP e da ABC Cursos de Cinema e protagonista da série A3.
Um dos destaques da programação cultural é a exibição do filme “Alma do Deserto”, premiado com o Queer Lion em Veneza, com o bate-papo com a diretora Mónica Taboada-Tapia (Colômbia). A série de atividades também conta com performance com Leviathan (AL), DJ, artista transformista, realizadora audiovisual e figurinista alagoana e show de Karina Buhr (PE), multiartista conhecida por unir o rock e a música eletrônica à sonoridade dos maracatus pernambucanos, que apresenta pela primeira vez em Maceió seu trabalho solo.
A agenda completa está indicada a seguir:
04 de julho (sexta-feira)
Theatro Homerinho:
18h: Abertura oficial da 2a Mostra Mulheres+ no Cinema;
18h15: Apresentação das Atividades Formativas;
19h10: Painel “As mulheres no Festival de Cinema Brasileiro de Penedo - Memória e gênero no audiovisual”, com Cíntia Ribeiro e Carmen Lúcia Dantas;
20h: Exibição do longa-metragem “Alma do Deserto” (dir. Mónica Taboada-Tapia, 2024)
21h30: Bate-papo com a diretora Mónica Taboada-Tapia.
05 de julho (sábado)
Theatro Homerinho:
14h: Abertura solene;
14h30: Sessão 1 da Mostra+ Brasil;
15h20: Mostra+ Videoclipes;
16h: Mesa “Trilha sonora: processos de criação” com Karina Buhr, Fernanda Guimarães e Telma César, mediação de Izabela Costa;
17h: Sessão 1 da Mostra+ Alagoas;
17h30: Sessão 2 da Mostra+ Alagoas;
18h10: Sessão 2 da Mostra+ Brasil;
19h: Debate com realizadoras.
Carambola Lab:
21h: Show Karina Buhr (PE).
06 de julho (domingo)
Theatro Homerinho:
14h: Abertura solene;
14h30: Sessão 3 da Mostra+ Brasil;
15h20: Sessão 3 da Mostra+ Alagoas;
16h20: Mesa “A jornada da anti-heroína” com Ana Caroline Brito, Mónica Taboada-Tapia e Tuca Siqueira, mediação de Luiza Leal;
17h: Sessão 4 da Mostra+ Brasil;
17h50: Debate com realizadoras;
19h: Performance Leviathan;
19h30: Cerimônia de Premiação;
A 2ª Mostra Mulheres+ no Cinema é uma realização do Festival Carambola e da Piracema Studio, com recurso da Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, operacionalizado pela Prefeitura de Maceió, através da Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa de Maceió, e pelo Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Cultura de Alagoas.
Sobre as homenageadas da Mostra
Adélia Sampaio é a primeira cineasta negra a dirigir um longa-metragem comercial no Brasil, o emblemático “Amor Maldito” (1984), obra que abordou de forma pioneira na América Latina a homossexualidade feminina.Rosa Mossoró é uma figura emblemática da cena cultural e noturna de Maceió, conhecida por sua atuação como artista, empresária e anfitriã de espaços que acolhem a diversidade desde a década de 1970. A multi-artista alagoana é celebrada através do Prêmio Rosa Mossoró, novidade na programação, a premiação destinada ao melhor filme com temática LGBTQIAPN+.
“Escolhemos elas duas como homenageadas nesta edição por entender que representam exatamente o que nosso tema do ano aborda: as potências que estão além de uma narrativa heterossexual, ideias de mundo e de futuro que são desenhadas por corpos dissidentes e aguerridos ao novo. Adélia e Rosa nos inspiram por terem aberto caminhos essenciais para que projetos como o nosso pudessem vir a existir também”, conclui Luiza Leal, diretora de programação da Mostra.
Mais lidas
-
1NINHO TUCANO
Após 29 anos, Ciro Gomes retorna ao PSDB e será candidato ao Governo do Ceará em 2026
-
2SANTANA DO IPANEMA
Vereador Mário Silva denuncia abandono dos Bulhões a servidores e pacientes com câncer
-
3ASSASSINATO
Polícia divulga imagens de suspeito de matar adolescente com 51 facadas em Rio Largo
-
4ARAPIRACA
Imagens de câmera de segurança mostram comerciante envolvido em confusão horas antes de ser assassinado
-
5TRAGÉDIA
Adolescente de 14 anos mata pais e irmão de 3 anos após ser contrariado no RJ