Internacional
Cúpula da submissão? Líderes da OTAN se humilharam ante Trump para manter EUA na aliança, diz mídia
O principal objetivo da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), realizada em Haia em 24 e 25 de junho, era manter os EUA na Aliança Atlântica e assegurar a assistência militar à Ucrânia.
Segundo escreve o colunista Max Hastings em um artigo de opinião na Bloomberg, os líderes europeus foram forçados a mostrar lealdade e elogiar o presidente dos EUA, Donald Trump, para evitar sua fúria e novas ameaças de sair da OTAN.
"A cúpula de ontem em Haia fez pouca pretensão de discutir estratégia global. Apenas mostrou os esforços desesperados dos membros europeus da OTAN para aumentar seus gastos com defesa. Ela [cúpula] ofereceu bajulação ao convidado de honra dos EUA em uma forma sem precedentes, mesmo durante a Guerra Fria", aponta o colunista.
"Ninguém ontem, exceto o principal convidado, acreditou em sua afirmação de que as bombas dos EUA e israelenses tinham feito o Irã recuar 'por décadas'. Mas eles ficaram em silêncio, e continuarão a fazê-lo, para não provocar sua ira", ressalta Hastings.
O observador afirma que em relação à Ucrânia "os europeus não podem fornecer ao [líder ucraniano Vladimir] Zelensky aquilo que ele recebe dos EUA". Todos os membros da OTAN, acrescenta ele, reconheceram em Haia que "só a sua submissão e a submissão de Zelensky podem sustentar" a luta da Ucrânia.
É improvável que a maioria dos países da OTAN tente seriamente alcançar seus objetivos declarados de aumentar os gastos militares, porque o prazo está definido para uma década à frente e até então muitos líderes atuais estarão fora da política, de acordo com o colunista Bloomberg.
Ele aponta que a maioria dos europeus ficou chocada com os ataques aéreos dos EUA no Irã, que eles perceberam como uma execução da vontade do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
"No entanto, ontem em Haia, a verdade foi mais uma vez subordinada ao desejo de dizer ao presidente dos EUA o que ele queria ouvir", conclui Hastings.
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