Geral
STF forma maioria e decide por regulação das redes sociais no Brasil
Decisão histórica foi tomada por 8 votos a 3; ministros defendem combate à desinformação e discurso de ódio

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira (26) e decidiu, por 8 votos a 3, que o Congresso Nacional pode e deve legislar para regular o funcionamento das redes sociais no Brasil. A decisão representa um marco na tentativa de controlar abusos cometidos em plataformas digitais e reforça o papel do Estado no enfrentamento à desinformação, à incitação à violência e à disseminação de discursos de ódio.
O julgamento teve início com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que defendeu a necessidade de responsabilizar empresas de tecnologia por conteúdos ilícitos, principalmente quando houver descumprimento de ordens judiciais. Moraes destacou que "a liberdade de expressão não pode ser escudo para atividades criminosas".
A maioria dos ministros acompanhou esse entendimento, reforçando a tese de que a ausência de regulação tem permitido que as redes se tornem "territórios sem lei". Para eles, a regulação deve respeitar direitos fundamentais, como a liberdade de expressão, mas precisa impor limites claros ao que é permitido nas plataformas.
Três ministros votaram contra, alegando risco de censura e possível interferência indevida do Estado no debate público. Ainda assim, a maioria entendeu que é papel do Legislativo definir regras para garantir mais segurança jurídica e proteção aos usuários.
Com a decisão, o Congresso ganha respaldo jurídico para avançar com projetos como o PL das Fake News, que visa regular a atuação de plataformas como Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), YouTube e TikTok.
A decisão do STF deve reacender debates sobre os limites entre liberdade de expressão e responsabilidade nas redes sociais, em um cenário cada vez mais polarizado.
✅️ Votaram a favor da regulação (8 votos):
1. Alexandre de Moraes (relator)
2. Luís Roberto Barroso (presidente do STF)
3. Edson Fachin
4. Dias Toffoli
5. Cármen Lúcia
6. Luiz Fux
7. Gilmar Mendes
8. Cristiano Zanin
❌ Votaram contra a regulação (3 votos):
1. André Mendonça
2. Nunes Marques
3. Flávio Dino
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