O Irã anunciou neste sábado (28) que não permitirá a entrada do diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, em plantas nucleares do país após descobrir que informações sigilosas das instalações estavam em posse de Israel.

O vice-presidente do parlamento iraniano, Hamid Reza Haji Babaei, disse que, além de Grossi, Teerã não pretende permitir que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) possua câmeras nas usinas nucleares do país.

"Não daremos mais permissão para Grossi estar presente em instalações nucleares, nem instalaremos câmeras, porque vimos informações sobre nossas instalações em documentos obtidos do regime israelense", afirmou Babaei.

Na última sexta-feira (27), o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, disse que Grossi queria inspecionar as usinas nucleares iranianas bombardeadas por Estados Unidos e Israel. Para o chanceler, o desejo do diretor-geral da AIEA era sem sentido e poderia ter uma intenção maliciosa.

O Parlamento do Irã votou, nesta semana, pela suspensão da colaboração com a AIEA até que a segurança das atividades nucleares do país possa ser garantida. Autoridades e a mídia do país acreditam que Grossi foi cúmplice de Washington e Tel Aviv nos bombardeios deste mês.

O presidente do Irã, Mashoud Pezeshkian, pediu ao Conselho de Segurança da ONU, assim como à AIEA, que sejam mais responsáveis com os agressores e "belicistas".

Por Sputinik Brasil