A Espanha, membro da OTAN, rejeitou categoricamente as exigências do presidente dos EUA, Donald Trump, e do chefe do bloco militar, Mark Rutte, para aumentar seus gastos com a militarização para 5% do PIB do país.

Os membros europeus da OTAN não são capazes de atender à demanda dos EUA, a ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, disse aos legisladores do país na sexta-feira (27), desconsiderando a meta de 5% declarada por Rutte na cúpula do bloco na semana passada como "absolutamente impossível" de alcançar.

"Todos estão absolutamente convencidos de que, no momento, não há indústria capaz de absorver 5%", disse ela à Comissão de Defesa do Senado do país ibérico. "Podemos dizer o que quisermos, podemos fantasiá-lo ou disfarçá-lo, mas nenhuma indústria pode lidar com isso."

Madri reagiu contra o objetivo antes da cúpula em Haia, propondo um nível de despesa mais modesto de 2,1%. No ano passado, a Espanha destacou-se como o membro da OTAN que dedicava a menor porcentagem de seu PIB para gastos militares 1,28%, em comparação com os 4,12% da Polônia. Robles, no entanto, afirmou que a comparação é enganosa.