A entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não estava na agenda da cúpula da Aliança em Haia, e a situação não mudará no futuro previsível, disse o chefe da administração do primeiro-ministro húngaro Gergely Gulyas.

"Isso [a entrada da Ucrânia na aliança] foi excluído da agenda. Claro, pode haver muitos tipos de cooperação com muitos países-membros da OTAN, mas a adesão da Ucrânia à OTAN não está na agenda da OTAN, e no futuro previsível não haverá mudanças", disse Gulyas em um briefing do governo que foi transmitido ao vivo no canal de TV M1.

O chefe da administração do premiê húngaro acrescentou que na UE "não ocorreram tais mudanças", lá a maioria ainda pretende aceitar a Ucrânia no bloco.

"A Ucrânia não pode ser um membro da OTAN, então a UE não pode obter garantias de segurança semelhantes [com países previamente aceitos], por isso precisamos passar para um tipo diferente de relacionamento com a Ucrânia. A UE, a grande maioria dos Estados-membros, quase todos os países, exceto a Eslováquia e a Hungria, ainda não chegaram a esse ponto. A Hungria apoia a Ucrânia, mas não considera correto abrir os capítulos de negociação [sobre a adesão à UE], por isso não concordamos com isto", ressaltou Gulyas.

O chefe da administração observou que não é correto falar sobre um veto neste caso, porque as decisões sobre a admissão de novos países na UE devem ser tomadas por unanimidade, e não há unanimidade sobre esta questão.