A reforma do Conselho de Segurança da ONU e os conflitos na Palestina e no Irã serão os pontos-chave da declaração da cúpula do BRICS no Rio de Janeiro, segundo fontes familiarizadas com as negociações sobre o texto final ouvidas pela Sputnik Brasil nesta sexta-feira (4).

No segundo encontro após a expansão inédita no número de membros e com a entrada de novos países parceiros, o Rio de Janeiro recebe a cúpula de chefes de Estado do BRICS entre os dias 6 e 7 de julho.

De acordo com as fontes ouvidas, ainda não há consenso por parte dos países de como Israel será mencionado na declaração em conjunto. Sobre o Conselho de Segurança, o Brasil negocia com os países africanos que desejam também um assento permanente por meio da União Africana.

"A declaração em conjunto entre os países sobre os conflitos está ainda sendo discutida para que haja um consenso", informou uma das fontes.

Também foi adiantado que haverá três outras declarações, além da principal: uma sobre financiamento climático, outra sobre parceria na área da saúde para erradicar doenças socialmente determinadas e outra sobre Inteligência Artificial (IA).A presidência brasileira buscou focar em tópicos que julgou que pudessem ter resultados mais concretos, como foi com o programa Aliança Global contra Fome no G20, que foi considerado um sucesso pelo governo brasileiro.No documento final também haverá um posicionamento contra as tarifas unilaterais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. No entanto, os EUA não devem ser mencionados. A crítica deverá ser de forma ampla, sem identificar diretamente um governo.

Seis anos depois do encontro entre chefes de Estado em Brasília, o Brasil volta a receber o encontro, desta vez com 11 membros e dez países parceiros e em meio à crise no Oriente Médio e na Ucrânia.

Por Sputinik Brasil