Os recursos federais destinados a políticas voltadas para a infância e adolescência mais do que dobraram entre 2019 e 2024, passando de R$ 96 bilhões para R$ 240 bilhões — sem considerar a inflação. Apesar do avanço, esses valores ainda representam menos de 2,5% do produto interno bruto (PIB). Entre 2023 e 2024, houve leve redução de R$ 4 bilhões nos recursos aplicados. Os dados, divulgados nesta quarta-feira (9), são resultado de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla em inglês).

O levantamento também aponta que a participação desses gastos no orçamento federal cresceu de 3,36% em 2019 para 4,91% em 2024. Mesmo assim, o gasto per capita continua modesto. Em 2024, a média é de cerca de R$ 5 mil ao ano por criança ou adolescente — o que equivale a aproximadamente R$ 420 por mês, segundo Enid Rocha Andrade da Silva, técnica na área de planejamento e pesquisa do IPEA. A pesquisa avaliou investimentos federais em áreas consideradas estratégicas para o desenvolvimento dessa faixa etária, como educação, saúde, assistência social, habitação, combate à pobreza, esporte, saneamento, segurança alimentar e proteção de direitos.

Por Sputinik Brasil