A presidente do México, Claudia Sheinbaum, condenou as ações em massa contra migrantes realizadas nos Estados Unidos e ainda as classificou como injustas e potencialmente prejudiciais à própria economia norte-americana.

"Essas operações são injustas. Elas vão prejudicar seriamente os EUA — os mexicanos e outros latino-americanos são a força de trabalho que sustenta a economia norte-americana. Se não houver essas pessoas nas fazendas da Califórnia, a colheita não será feita", declarou.

Em junho, o Departamento de Segurança Interna dos EUA informou que agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas e da Patrulha de Fronteira realizaram uma operação em duas plantações nas cidades californianas de Carpinteria e Camarillo, resultando na detenção de cerca de 200 migrantes em situação irregular.

Durante a ação, foram encontrados pelo menos dez filhos de migrantes, que, segundo as autoridades, "foram resgatados de possíveis situações de exploração, trabalho forçado e tráfico de pessoas". As forças de segurança teriam enfrentado resistência de cerca de 500 pessoas, e um dos indivíduos teria aberto fogo contra os agentes.

A presidente informou que, no mesmo dia, as autoridades mexicanas receberam 25 ligações relatando detenções na Califórnia. O governo do México apura o número exato de cidadãos detidos. Segundo Sheinbaum, desde o início dessa campanha repressiva, 355 mexicanos já foram presos.

Desde o início do mandato de Donald Trump, em 20 de janeiro, os Estados Unidos repatriaram mais de 67 mil pessoas para o México, sendo que o número total de deportações ultrapassa 73 mil, ressaltou a presidente.

Por Sputinik Brasil