A cantora Duda Beat aposta no cruzamento entre o pop alternativo e o funk/trap para seu novo single, “Nossa Chance”, lançado nas plataformas digitais neste fim de semana. A faixa marca a primeira colaboração da artista pernambucana com o funkeiro TZ da Coronel, conhecido por sucessos como “Engana Dizendo Que Ama”, “Qual é Seu Desejo” e “Visão de Cria 2”.


Encontro de contrastes


Com produção moderna e ambientação noturna, “Nossa Chance” constrói uma atmosfera de tensão e desejo. Duda Beat traz sua já característica melodia suave, introspectiva e carregada de emoção, enquanto TZ contrapõe com versos firmes, rimas afiadas e presença marcante. O resultado é uma canção que se desenvolve como um jogo de atração, em que os protagonistas nunca chegam, de fato, ao toque — mas compartilham uma intensidade sensorial capaz de ser sentida só no olhar.


O instrumental flutua entre batidas do trap e elementos do pop experimental, numa produção que mistura suavidade e densidade sem pressa. Segundo Duda, a música explora aquele tipo de desejo que nasce antes de qualquer lógica e, muitas vezes, nem se concretiza: “É sobre imaginar o que poderia ter sido e sentir de verdade, mesmo sem ter vivido”, diz a artista.


Letra carregada de sensações


A composição de “Nossa Chance” transita entre o impulso e a fantasia, celebrando o poder da imaginação e do sentimento não vivido. No refrão, Duda canta: “Queria te viver o que eu imaginei”, sintetizando o tom melancólico e sonhador da faixa. A letra transforma o momento não consumado em algo poderoso, que pulsa na memória e no corpo como se fosse real.


“Essa música fala de uma coisa que eu acho que todo mundo já sentiu: aquele desejo que nasce de um olhar, de uma troca, mas que nunca vira algo… e mesmo assim fica ali, martelando na cabeça, no corpo”, conta a artista.


Clipe e ambientação noturna


A canção chegou acompanhada de um clipe que reforça o clima sensorial e etéreo da faixa. Gravado com uma estética sombria, cores profundas e atmosfera cinematográfica, o vídeo traz os dois artistas em um ambiente que remete a sonhos e memórias distorcidas — como se o desejo fosse uma imagem em movimento que nunca se materializa por completo.