Política
PT articula superfederação de centro-esquerda para enfrentar bloco da direita em 2026
Proposta incluiria PSB, PDT, PSOL, Rede e partidos da base; resistências internas indicam cenário de difícil costura política
O Partido dos Trabalhadores (PT) tem articulado, nos bastidores de Brasília, a formação de uma grande federação de centro-esquerda com foco nas eleições de 2026. A proposta, segundo revelou a CNN Brasil, ainda está em fase inicial e foi apresentada durante encontros promovidos pelo Palácio do Planalto com integrantes das bancadas da Câmara dos Deputados.
A ideia é ampliar e renovar as federações já existentes — como a Brasil da Esperança (formada por PT, PCdoB e PV) e a federação PSOL-Rede — reunindo agora sete partidos em um único bloco federativo: PT, PCdoB, PV, PSOL, Rede, PSB e PDT.
A articulação seria uma estratégia para enfrentar o avanço das federações de direita e centro-direita, como a recém-criada União Progressista, que une União Brasil e PP, e um possível novo consórcio entre MDB, Republicanos e PSDB, em gestação para 2026.
Resistências à esquerda
Apesar da movimentação, o plano esbarra em resistências dentro dos próprios partidos convidados. Representantes do PSB e do PDT já classificaram a proposta como “inexequível” e “quase impossível”, citando dificuldades de alinhamento programático, disputas regionais históricas e diferenças em estratégias eleitorais estaduais.
A eventual federação exigiria unidade de comando e fidelidade partidária por pelo menos quatro anos, o que tornaria inviável, por exemplo, candidaturas concorrentes entre os membros da aliança em governos estaduais ou mesmo em chapas proporcionais. Em estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Ceará, as divergências entre essas legendas são notórias.
Projeto ambicioso com obstáculos reais
A proposta revela a preocupação do governo federal em consolidar uma base mais sólida e coesa no Congresso Nacional, e ao mesmo tempo evitar a fragmentação da esquerda em 2026. No entanto, o caminho para essa aliança será longo — e tortuoso.
Para que a superfederação saia do papel, será necessário ceder protagonismos regionais, alinhar discursos e enterrar velhas rivalidades políticas, o que, no atual cenário, ainda parece improvável.
Nos bastidores, parlamentares avaliam que a iniciativa tem valor como sinal político de unidade, mas duvidam de sua viabilidade prática. O Planalto, por sua vez, mantém a agenda de conversas aberta e aposta em uma composição gradual até o início do próximo ano.
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