O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu a devolução de seu passaporte para tentar negociar diretamente com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e defendeu as articulações que seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, vem realizando em Washington para obter punições contra o Brasil.

"Eu agora estou em condições de viajar para os EUA. Se o Lula me der o passaporte, eu negocio com o Trump", declarou Bolsonaro durante uma coletiva realizada nesta quinta-feira (17), no Senado Federal.

O ex-mandatário afirmou acreditar que teria mais sucesso do que o atual governo nas negociações com os Estados Unidos para reverter a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

"O aumento das tarifas vai prejudicar todo o povo, em especial o povo pobre", afirmou o ex-mandatário, que estava ao lado do senador Flávio Bolsonaro e do deputado Sóstenes Cavalcante, líder da bancada do PL na Câmara.

Segundo ele, o governo Lula é "incompetente" para lidar com a crise diplomática e provocou a retaliação ao fazer "ataques" contra Trump e buscar alianças com a China para substituir o dólar no comércio internacional.

Questionado sobre as reuniões de Eduardo com autoridades americanas, Bolsonaro respondeu que "ele é mais útil lá do que aqui". "Aqui ele ia responder a um processo, na iminência de ser preso", disse.