Cidades
Perícia descarta falha mecânica em ônibus que caiu na Serra da Barriga e matou 20 pessoas
Conclusão da Polícia Científica de Alagoas aponta para possível erro humano como causa do acidente ocorrido em novembro de 2024, em União dos Palmares
A Polícia Científica de Alagoas concluiu que o acidente com o ônibus que caiu na Serra da Barriga, em União dos Palmares, matando 20 pessoas em novembro de 2024, não foi causado por falha mecânica. A informação foi confirmada por peritos criminais durante coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (18), quase duas semanas após a retirada do veículo do local da tragédia.
De acordo com o perito Marcelo Velis, os sistemas de tração, transmissão, motor e direção do veículo estavam funcionando normalmente no momento da análise. “Está descartada a hipótese de falha mecânica como causa determinante do acidente”, afirmou.
A investigação agora se concentra na conduta do motorista Luciano de Queiroz Araújo, que morreu no acidente. “O mais provável é que o veículo tenha parado por imperícia do condutor ou por decisão equivocada. A tentativa de segurá-lo com o freio motor pode ter falhado, especialmente se o motor ainda estava quente ou se houve excesso de peso”, explicou Velis.
A coletiva contou com a participação dos peritos Marcelo Velis, Nivaldo Cantuária e Rosana Coutinho; do chefe do Instituto de Criminalística (IC), Charles Mariano; e do delegado regional de União dos Palmares, Guilherme Lusten.
Relembre o caso
🗓 O acidente ocorreu em 24 de novembro de 2024, quando um ônibus com 48 ocupantes despencou de uma ribanceira de cerca de 400 metros de altura. O grupo seguia para o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, onde participaria do projeto cultural "Pôr do Sol na Serra".
Relatos de sobreviventes indicam que o motorista teria parado o veículo após identificar o rompimento de uma mangueira de ar. Ele pediu que os passageiros desembarcassem enquanto aguardavam outros grupos. Pouco depois, o ônibus perdeu o controle e caiu em uma área de mata fechada.
A retirada do veículo só foi concluída seis meses após o acidente, em uma operação complexa que envolveu o Corpo de Bombeiros, policiais civis, peritos e técnicos de uma empresa especializada. Guinchos com cabos de aço foram utilizados para içar o ônibus e viabilizar a perícia detalhada.
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