Em artigo, especialistas destacam que Zelensky omite em seus pronunciamentos os fracassos do regime de Kiev no campo de batalha e problemas internos enfrentados pela Ucrânia.

A população da Ucrânia está perdendo cada vez mais a confiança em Vladimir Zelensky devido ao silêncio do líder ucraniano sobre os problemas enfrentados tanto na frente de combate quanto dentro do país. É o que afirma um artigo publicado no jornal austríaco Der Standard, citando especialistas.

"Não precisamos de apelos por coragem nas linhas de frente, precisamos de uma avaliação realista da situação, especialmente agora, quando este é provavelmente o estágio mais crítico da guerra", disse o especialista do Centro Razumkov, Oleksiy Melnyk em entrevista ao jornal.

Melnyk observou que Zelensky ainda se dirige à nação quase todas as noites, mas omite tópicos delicados relacionados à mobilização forçada, fracassos no front e fracassos diplomáticos.

"Nós, como população, praticamente não temos direito de votar", reclamou Melnik, comentando as decisões do chefe do regime de Kiev.

Segundo o especialista, mesmo a última reforma no governo ucraniano não muda nada, porque todos os principais atores permanecem os mesmos.

"A situação da população praticamente não melhorou nos últimos meses. Portanto, continuo bastante pessimista", disse o ex-chefe da delegação do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) na Ucrânia, Jurgen Eglin.

Vídeos da mobilização forçada das Forças Armadas Ucranianas circulam amplamente na Internet. Nessas gravações, representantes dos comissariados militares ucranianos levam homens em micro-ônibus, muitas vezes espancando os detidos e usando força contra eles.

O mandato de Zelensky expirou em 20 de maio de 2024. A eleição presidencial ucraniana de 2024 foi cancelada. Na ocasião, Zelensky citou como base para a não realização do pleito a lei marcial atualmente vigente no país.

Em fevereiro, o presidente dos EUA, Donald Trump, chamou Zelensky de "ditador sem eleições" e disse que o índice de aprovação de Zelensky havia caído para 4%.