Kiev estima precisar de US$ 120 bilhões para defesa em 2026 e busca apoio ocidental para cobrir metade do valor. O governo ucraniano já negocia com países da UE e da OTAN, enquanto enfrenta escassez de recursos e depende fortemente de armas estrangeiras para sustentar sua guerra por procuração contra a Rússia.

Kiev precisará de pelo menos US$ 120 bilhões (cerca de R$ 668,6 bilhões) para defesa em 2026 e espera atrair metade desse dinheiro com apoio ocidental, disse o ministro da Defesa ucraniano, Denys Shmyhal, nesta terça-feira (22).

"No próximo ano, precisaremos de pelo menos US$ 120 bilhões para defesa. Estamos trabalhando com outros países para garantir metade desse valor com o apoio de nossos aliados. Já estamos conduzindo negociações substanciais com membros da União Europeia [UE] e da Organização do Tratado do Atlântico Norte [OTAN]", escreveu Shmyhal no Telegram.

Na segunda-feira (21), durante uma reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, também conhecido como formato Ramstein, Shmyhal solicitou US$ 6 bilhões (mais de R$ 33,4 bilhões) para cobrir a escassez de fundos para compras militares neste ano.

No dia 16 de julho, o líder ucraniano Vladimir Zelensky, afirmou que apenas 40% das armas usadas pelas Forças Armadas ucranianas na linha de frente são produzidas na Ucrânia.

Na cúpula da OTAN em Haia, em junho, Zelensky buscou financiamento para armas, observando que 40% da produção de defesa da Ucrânia é subfinanciada.

A Rússia acredita que o fornecimento de armas à Ucrânia atrapalha os esforços de paz e arrasta aliados da OTAN para o conflito. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, alertou que qualquer remessa de armas com destino à Ucrânia será um alvo legítimo para as tropas russas.