Internacional
Após protestos, Zelensky defende lei contra órgãos anticorrupção
Agências foram colocadas sob poder do procurador-geral
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, defendeu a controversa lei que enfraquece as autoridades anticorrupção do país, depois que a aprovação da medida desencadeou uma série de protestos contra o governo.
A iniciativa retira a autonomia do Gabinete Nacional Anticorrupção (Nabu) e do Gabinete Especializado Anticorrupção do Procurador-Geral (Sapo) e amplia os poderes do chefe do Ministério Público, Ruslan Kravchenko, aliado de Zelensky, para permitir que ele redistribua processos ou até mesmo interrompa inquéritos nas duas agências.
Segundo críticos, a lei abre caminho para a interferência política em órgãos anticorrupção, o que pode colocar em risco o percurso de adesão da Ucrânia à União Europeia.
No entanto Zelensky assegurou que o Nabu e o Sapo continuarão funcionando, mas agora "sem qualquer influência russa".
"Todos temos um inimigo em comum: os invasores russos. E defender o Estado ucraniano exige um sistema de aplicação da lei forte o bastante para garantir um senso real de justiça", disse o presidente após um encontro com autoridades anticorrupção.
Na última terça-feira (22), cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram para protestar diante do gabinete presidencial de Zelensky, em Kiev. Também houve manifestações em outras grandes cidades da Ucrânia, como Dnipro, Lviv e Odessa.
A ONG Centro de Ação Anticorrupção disse que a nova lei esvazia o poder do Nabu — que teve um funcionário preso nesta semana sob acusação de espionar para a Rússia — e do Sapo e que o procurador-geral vai bloquear inquéritos contra "amigos do presidente". Já a UE definiu a medida como um "grave passo para trás" no combate à corrupção.
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