Internacional
Trump foi avisado que seu nome está nos arquivos de Epstein, revela jornal
O Departamento de Justiça dos EUA avisou em maio a Donald Trump que seu nome aparecia várias vezes nos documentos de Jeffrey Epstein, bilionário condenado por tráfico sexual de menores, que morreu na prisão em 2019. A informação veio do Wall Street Journal, um dos jornais conservadores mais importantes do país, propriedade do magnata australiano Rupert Murdoch. Murdoch também é dono da Fox News, plataforma que teve papel preponderante na vitória do presidente nas urnas, no ano passado. O afastamento entre ele e Trump é um sinal preocupante para o governo.
A Casa Branca classificou nesta quarta, 23, a reportagem como "fake news". Segundo o WSJ, citando fontes anônimas do governo, a secretária de Justiça, Pam Bondi, informou ao presidente, em uma reunião em maio, que seu nome constava nos arquivos de Epstein, juntamente com muitos outros nomes de figuras proeminentes. "A reunião preparou o terreno para o fim da investigação", afirma o jornal. Após a divulgação, outros veículos de imprensa confirmaram a história.
"Esta é mais uma fake news, assim como a reportagem anterior do Wall Street Journal", afirmou o diretor de comunicação da Casa Branca, Steven Cheung - citando uma publicação de segunda-feira, 21, em que o mesmo jornal divulga uma carta de Trump a Epstein.
O bilhete, enviado no aniversário de 50 anos do bilionário, de acordo com o WSJ, é "sexualmente sugestivo". Além de mensagens carinhosas, havia o desenho de uma mulher nua com a assinatura do presidente no lugar dos pelos pubianos.
Represálias
Trump ficou furioso e entrou com uma ação judicial de US$ 10 bilhões contra o WSJ, Murdoch e os dois repórteres que assinaram o texto. Na terça-feira, 22, a Casa Branca retirou o jornal do grupo que acompanhará o presidente em sua viagem à Escócia, entre amanhã e o dia 29.
"Treze veículos de comunicação participarão do pool de imprensa para cobrir a viagem do presidente à Escócia", disse a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em comunicado. "Devido à conduta falsa e difamatória do WSJ, eles não estarão a bordo."
O Wall Street Journal ressaltou ontem que o fato de ser mencionado nos registros não é sinal automático de irregularidade. Trump conhecia Epstein das festas e eventos sociais de Nova York. Os dois também tinham mansões em Palm Beach, na Flórida, separadas por apenas 3 quilômetros de distância.
A teoria sobre uma possível lista de Epstein foi alimentada pelo próprio Trump. Ele havia prometido publicar todos os arquivos ligados ao caso, mas seu Departamento de Justiça voltou atrás no início do mês, alegando proteger as vítimas e bloquear a disseminação de pornografia infantil. A decisão provocou uma revolta da base republicana e o tema virou uma dor de cabeça para a Casa Branca.
Em busca de alguma coisa para apresentar a seus eleitores, ele mandou o Departamento de Justiça solicitar as transcrições do julgamento de Epstein. Ontem, uma juíza da Flórida rejeitou o pedido, alegando que os depoimentos são sigilosos.
Os republicanos no Congresso estão divididos. O líder da bancada na Câmara, Mike Johnson, antecipou o recesso legislativo para evitar a aprovação de uma medida exigindo a liberação dos documentos. Ontem, um comitê aprovou uma intimação para que Ghislaine Maxwell, namorada de Epstein, deponha aos deputados no dia 11 de agosto. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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