Internacional
EUA deixaram negociações de cessar-fogo em Gaza: Hamas não tem 'boa-fé', justifica enviado de Trump
Os Estados Unidos e Israel buscam métodos alternativos para libertar os reféns que ainda estão sob o poder do grupo palestino Hamas, em Gaza, afirmou nesta quinta-feira (24) o enviado da Casa Branca para o Médio Oriente, Steve Witkoff .
"Hamas não parece estar coordenando nem atuando de boa fé. Consideramos opções alternativas para voltar a casa a nossos rehenes e tentar criar um ambiente mais estável para o povo de Gaza", declarou Witkoff na rede social X.
Ele acrescentou que os negociadores estadunidenses que estavam em Doha para consultas foram chamados de volta para Washington, depois da última resposta de Hamas, que segundo ele, demonstrou "falta de desejo" de alcançar um cessar-fogo.
Segundo dados das autoridades em Gaza, o número de palestinos mortos no conflito que fez um ano chega a quase 60 mil pessoas e o total de feridos passa de143 mil.
Um cessar-fogo ocorreu de 19 de janeiro a 1º de março no território de Gaza, bem como a troca de reféns israelenses por presos palestinos. Durante seis semanas foram libertados 30 reféns e Israel libertou uns 1,7 mil presos palestinos e retirou tropas de Gaza.
Com o fim da trégua, Israel deixou de fornecer eletricidade à planta dessalinizadora em Gaza e cerrou o acesso à entrada de caminhões de ajuda humanitária ao enclave.
Nos últimos meses, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, permitiu a entrada de ajuda humanitária, graças à pressão internacional e escolheu a empresa estadunidense Fundação Humanitária para Gaza (GHF, siglas em inglês), retirando as organizações humanitárias que tradicionalmente trabalhavam no local.
Na semana passada, a organização TRIAL International, dedicada ao combate da impunidade e de crimes internacionais, apelou a autoridades suíças para investigarem as atividades da Fundação Humanitária de Gaza por suspeita de usar a entrega de ajuda humanitária como fachada para um plano que envolve ampliar a presença militar privada e do Exército israelense na Faixa de Gaza.
Segundo dados do Banco Mundial, atualmente cerca de 2,4 milhões de pessoas em Gaza dependem completamente de ajuda humanitária. Desde o início da ofensiva no enclave, em outubro de 2023, pelo menos 53.900 palestinos foram mortos pelas forças israelenses, segundo autoridades de saúde de Gaza.
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