Economia
Amcham Brasil: um terço do comércio Brasil-EUA é entre filiais e subsidiárias de mesma empresa
A Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil) afirma que 33,7% da corrente do comércio bilateral entre Brasil e Estados Unidos no ano de 2024 foi realizada entre empresas do mesmo grupo econômico, ou seja, entre filiais e subsidiárias de uma mesma empresa multinacional.
O volume chegou a US$ 31 bilhões em transações bilaterais dessa natureza, sendo US$ 15,9 bilhões de importações brasileiras vindas dos Estados Unidos e US$ 15,1 bilhões de exportações brasileiras ao país, aponta o estudo da Amcham Brasil. A integração produtiva entre os países se dá principalmente em setores estratégicos como tecnologia, energia, saúde e indústria de transformação, acrescenta.
"Esse número mostra o quanto as empresas dos dois países estão conectadas. As trocas entre partes relacionadas revelam cadeias de valor integradas e investimentos cruzados que fortalecem as economias do Brasil e dos Estados Unidos. Em vez de barreiras, é essencial aprofundar a cooperação", afirma o diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Amcham Brasil, Fabrizio Panzini, em nota.
Superávit dos EUA
Assim como nas trocas em geral, os Estados Unidos possuem superávit no comércio entre empresas do mesmo grupo. Entre 2023 e 2024, o superávit dos Estados Unidos dessas trocas com o Brasil cresceu 131,2%, reflexo da intensificação do envio de produtos entre filiais e matrizes norte-americanas instaladas no Brasil, diz a Amcham Brasil.
A participação das exportações entre empresas do mesmo grupo dos EUA para o Brasil cresceu de 35,5% em 2021 para 38,9% em 2024. Já as importações entre empresas do mesmo grupo dos EUA vindas do Brasil também aumentaram: de 34,7% para 35,3% no mesmo período, passando de US$ 11,0 bilhões para US$ 15,1 bilhões. Os principais produtos foram equipamentos de transporte, químico e petroquímico, máquinas e equipamentos e equipamentos elétricos.
A nota da Amcham Brasil, divulgada nesta sexta-feira, 25, ocorre a uma semana do prazo de 1º de agosto estipulado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para aplicação de tarifas de 50% contra produtos importados do Brasil.
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