O governo dos Estados Unidos celebrou o acordo tarifário com a União Europeia e disse que o bloco vai "dobrar" sua dependência energética em relação ao país.

O pacto estabelece uma tarifa de 15% para mercadorias da UE entrarem nos EUA e prevê que os europeus comprem US$ 750 bilhões em bens energéticos americanos até o fim do mandato do presidente Donald Trump, sobretudo gás natural e petróleo, e invistam US$ 600 bilhões no país nos próximos três anos.

"Esse investimento se soma aos mais de US$ 100 bilhões por ano que as empresas da UE já investem nos EUA. A UE vai dobrar sua dependência dos Estados Unidos como superpotência energética", diz um documento divulgado pela Casa Branca nesta segunda-feira (28).

Segundo o comunicado, esse acordo "reforçará o domínio energético dos EUA" e reduzirá a "dependência europeia de fontes adversárias", além de "diminuir o déficit comercial" do país com o bloco.

"Graças a uma liderança decidida e um compromisso indestrutível com os trabalhadores americanos, o presidente Trump concluiu um novo acordo que posiciona os EUA como principal destino mundial de investimentos, inovação e manufatura avançada", comemorou a Casa Branca.

O pacto tem sido alvo de críticas na UE, sobretudo em função da necessidade de investir e comprar energia nos Estados Unidos para evitar tarifas maiores.

"É um dia sombrio quando uma aliança de povos livres, unidos para afirmar os próprios valores e defender os próprios interesses, decide se submeter", declarou o premiê da França, François Bayrou.

Já o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, afirmou não estar satisfeito com o resultado, porém destacou que "não era possível alcançar algo melhor".