O ex-prefeito de Anadia, Celino Rocha, está sendo investigado por suspeita de improbidade administrativa após auditoria da Receita Federal apontar que ele deixou de repassar contribuições previdenciárias do PIS/Pasep entre janeiro de 2020 e janeiro de 2021. A omissão gerou um débito superior a R$ 6 milhões, incluindo juros e multas, valor que poderá ter que ser devolvido aos cofres públicos.

Segundo a Receita Federal, a falha é considerada uma infração grave à legislação fiscal e trabalhista, com impacto direto nos direitos dos servidores municipais, como acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego. O relatório foi encaminhado ao Ministério Público de Alagoas (MPAL) e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AL), que agora analisam o caso.

O MPAL avalia a abertura de um inquérito civil, enquanto o TCE-AL deve investigar a responsabilidade fiscal do ex-gestor e aplicar sanções, caso as irregularidades sejam confirmadas. A suspeita é de que Celino Rocha tenha causado prejuízo ao erário e descumprido princípios básicos da administração pública.

Além da acusação envolvendo o PIS/Pasep, o ex-prefeito é citado em denúncias de nepotismo que envolvem o atual prefeito de Anadia, Victor Rocha, seu genro. O Ministério Público apura a nomeação de familiares em cargos estratégicos, incluindo o próprio Celino Rocha, que atua como secretário municipal de Governo.

Outro ponto sob investigação é a contratação excessiva de servidores temporários sem a realização de concurso público, prática que pode indicar favorecimento político e pessoal.

Até o momento, o ex-prefeito Celino Rocha não se manifestou sobre as acusações.