Brasil
Moraes compara ação de família Bolsonaro à 'organização criminosa miliciana'
O ministro do STF Alexandre de Moraes se pronunciou, nesta sexta-feira (1º), sobre as sanções que recebeu dos Estados Unidos após ser incluído na lista da Lei Magnitsky. Sem citar a família Bolsonaro nominalmente, o magistrado classificou como "organização criminosa miliciana" os brasileiros que articularam punições no exterior.
Durante audiência que marcou o retorno do Supremo Tribunal Federal (STF) do recesso, Moraes afirmou que vai ignorar quaisquer sanção e "continuar trabalhando como vem fazendo", destacando que a democracia do país não cederá diante das pressões norte-americanas.
"Essa organização criminosa, ao esperar a permanência dessa coação, possa esperar uma covarde redenção dos poderes brasileiros. Engana-se essa organização criminosa miliciana e esses brasileiros escondidos em território internacional, engana-se em esperar fraqueza institucional ou debilidade democrática."
Em tom elevado, Moraes ressaltou que o grupo que articulou as sanções ao Brasil "acham que estão lidando com pessoas da laia deles, acham que estão lidando também com milicianos". Para o ministro do STF, estes atos configuram traição ao país.
"Essas condutas dessa organização criminosa são claros e expressos atos executórios de traição ao Brasil e flagrantes confissões da prática de crimes — em especial, coação no curso do processo, obstrução de investigação, participação em organização criminosa, e, principalmente, atentado à soberania nacional."
Na última quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficializou o tarifaço de 50% contra as exportações brasileiras. A taxação, que excluiu cerca de 700 produtos, como suco de laranja e itens de aviação, entrará em vigor na próxima quinta-feira (7).
Sobre as taxações e sem citar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) — que está nos Estados Unidos há alguns meses fazendo lobby contra o julgamento do pai, Jair Bolsonaro —, Moraes declarou que o objetivo dos investigados é "provocar instabilidade e abrir caminho para um novo ataque".
"Assumem, inclusive nas redes sociais, a intermediação com um governo estrangeiro para impor medidas econômicas contra o Brasil, como a taxação de 50% dos produtos brasileiros nos Estados Unidos."
Por Sputinik Brasil
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