A Polícia Civil de Alagoas investiga o assassinato de Adjane Araújo da Silva, de 38 anos, ocorrido em plena luz do dia, enquanto ela trabalhava como gari, no centro da cidade de Teotônio Vilela, no interior do estado. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, identificado apenas como Elias, que está foragido.

Segundo o delegado Esron Pinheiro, da Unidade de Atendimento ao Local de Crime 3 (UALC 3), a principal linha de investigação é feminicídio com agravante de descumprimento de medida protetiva. Adjane havia solicitado proteção judicial há dois meses por estar sendo ameaçada e perseguida por Elias, com quem teve um relacionamento de apenas dois meses.

A dinâmica do crime, conforme relatou o delegado, demonstra indícios de premeditação. O suspeito teria estacionado a moto a cerca de 300 metros do local onde a vítima trabalhava, deixado o veículo ligado, e se aproximado por trás. Adjane foi surpreendida e atingida por três tiros na cabeça. Testemunhas relataram que ela não teve chance de fugir.

Câmeras de videomonitoramento registraram o trajeto do suspeito antes e depois do crime, embora não tenham captado o momento exato do assassinato. As imagens foram fundamentais para descartar a participação de duas pessoas que chegaram a ser detidas, mas liberadas após apresentação de álibis e análise das gravações.

De acordo com as investigações, após cometer o crime, o suspeito teria ido para casa, recolhido seus pertences e fugido para a zona rural. A polícia segue em diligência para realizar a prisão em flagrante.

A Prefeitura de Teotônio Vilela lamentou a morte da servidora, destacando sua dedicação ao serviço de limpeza urbana. Adjane foi socorrida após o ataque, mas não resistiu aos ferimentos.