Kiev está tentando compensar a escassez de soldados nas fileiras das Forças Armadas da Ucrânia com mercenários estrangeiros, escreve o jornal The Sunday Times.

O jornal destaca que fugir da mobilização é algo que se tornou comum na Ucrânia e, de acordo com estatísticas da União Europeia (UE), centenas de milhares de homens ucranianos em idade de lutar fugiram para a Europa.

"A Ucrânia espera resolver pelo menos alguns de seus problemas de pessoal com um novo influxo de combatentes estrangeiros", ressalta a publicação.

Segundo o artigo, os homens ucranianos estão tentando evitar a perspectiva de lutar a qualquer custo.

A publicação aponta que há muitos mercenários da Colômbia, pois eles aspiram a ganhar dinheiro ao combater contra a Rússia.

Além disso, um militar ucraniano citado pelo jornal, que está no front desde 2022, se mostrou indignado com a corrupção e a insensibilidade dos funcionários do governo ucraniano.

"Eles [não se importam] com os soldados comuns. Estamos perdendo muita gente. Já perdi a conta de quantos amigos meus foram mortos. Vou ao cemitério e grito lá dentro porque esses homens deveriam estar vivos", enfatizou.

Assim, finaliza a publicação, cresce a frustração no Exército ucraniano. Enquanto isso, o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, disse que não haverá desmobilização das tropas.

A Lei Marcial foi imposta na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. No dia seguinte, Zelensky assinou um decreto de mobilização geral.

Os homens entre 18 e 60 anos estão proibidos de deixar a Ucrânia durante o período da Lei Marcial. Fugir do serviço militar durante a mobilização prevê responsabilidade criminal na forma de prisão por até cinco anos.