Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) organizaram uma série de atos pelo país neste domingo (3) em defesa do ex-presidente, que cumpre medidas cautelares determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e não pode sair de casa aos finais de semana.

No entanto, ele falou com seu público por viva-voz no Rio de Janeiro.

Além do Rio, as manifestações ocorreram em cidades como São Paulo e Brasília, onde os participantes pediram anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro de 2023 e levantaram cartazes com críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas em apoio ao do americano Donald Trump.

Em meio aos pedidos de "fora Lula" e "fora Moraes", muitos manifestantes vestiram a camisa da seleção brasileira ou se cobriram com a bandeira dos Estados Unidos. Houve também muitos agradecimentos ao mandatário americano, que impôs tarifas de 50% contra produtos brasileiros em meio ao processo judicial de Bolsonaro, que dentre outros crimes, responde por tentativa de golpe de Estado, mas que espera ser anistiado através de uma pressão de Washington. Trump, que deixou de fora do tarifaço cerca de 700 itens nacionais, não poupou o ministro do STF das sanções, punindo-o com a Lei Magnitsky.

Bolsonaro, que usa uma tornozeleira eletrônica e está proibido de sair de casa em determinados dias e horários, falou com seus apoiadores no Rio por viva-voz pelo telefone de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL), que organizou o protesto na capital fluminense.

Em São Paulo, os protestos foram convocados por aliados locais bolsonaristas, como o líder religioso Silas Malafaia, e se concentraram na Avenida Paulista. Compareceram ao ato na região do Museu de Arte de São Paulo (Masp) o prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), e seu vice, Coronel Mello Araújo (PL); o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, André do Prado (PL); o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); o deputado estadual Paulo Mansur (PL-SP), entre outros.

O governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não pode participar da manifestação devido a um procedimento médico na tireoide agendado para este domingo no Hospital Albert Einstein.