Geral
Prisão domiciliar de Bolsonaro pode acelerar novas sanções dos EUA contra ministros do STF
Aliados de Trump avaliam que decisão de Moraes reacende ofensiva internacional bolsonarista e pode incluir mais nomes na lista da Lei Magnitsky
A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de decretar a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) repercutiu entre aliados do ex-presidente no Brasil e nos Estados Unidos. Segundo informações da coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo, interlocutores bolsonaristas ligados à Casa Branca de Donald Trump avaliam que a medida pode antecipar novas sanções norte-americanas contra integrantes do Judiciário brasileiro.
Antes da nova ordem judicial, o grupo bolsonarista acreditava que haveria uma pausa nas ações internacionais para que o sistema norte-americano “digerisse” as sanções já aplicadas com base na Lei Magnitsky — mecanismo que impõe restrições severas, apelidado por eles de “pena de morte financeira”. A expectativa era compartilhada por figuras como o ex-apresentador Paulo Figueiredo.
Entre os aliados de Bolsonaro, circulava a crença de que as sanções articuladas por apoiadores de Trump levariam ao isolamento político de Moraes dentro do STF. O grupo também esperava que o contexto internacional facilitasse a aprovação do projeto de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, atualmente parado na Câmara dos Deputados sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB).
No entanto, com a prisão domiciliar de Bolsonaro — decretada após ele violar medidas cautelares ao se comunicar por videochamada com Flávio Bolsonaro e Nikolas Ferreira — os aliados agora preveem uma antecipação da inclusão de outros nomes do Judiciário brasileiro na lista da Lei Magnitsky. Entre os possíveis alvos estariam os ministros Gilmar Mendes, Luís Roberto Barroso e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
De acordo com os interlocutores do grupo, a inclusão de Alexandre de Moraes na lista norte-americana, feita em 30 de julho, seria fruto direto da pressão de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que desde março vinha ameaçando buscar sanções internacionais contra ministros da Suprema Corte. Uma tentativa de diálogo entre lideranças do PL e Gilmar Mendes teria fracassado após o ministro deixar claro que o STF não cederia às pressões.
Em resposta, Moraes afirmou nesta segunda-feira (4) que Eduardo Bolsonaro atua como integrante de uma “organização criminosa” e reforçou que o STF, a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal não se intimidarão diante de ameaças.
Mais lidas
-
1FUTEBOL
Neymar confirma seu retorno ao Santos após 12 anos: 'Parece que estou voltando no tempo'
-
2
Yago Dora e Gabriel Medina avançam em Teahupoo e continuam na briga por vaga no Finals
-
3CÂMARA
Projeto prevê redução do IPVA de automóveis acidentados recuperáveis
-
4ACUSAÇÃO
Vice-presidente do PT acusa Anielle de envolvimento com funcionário fantasma
-
5FUTEBOL
Dono de 25% do United critica gestão passada do Manchester United e cita Antony e Casemiro


