Economia
Bolsas da Europa fecham em alta na zona do euro, com balanços, enquanto Londres recua, após BoE
As bolsas da Europa fecharam sem sinal único, avançando na zona do euro e recuando em Londres, onde a decisão de juros do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) acabou pressionando as ações, apesar do corte amplamente esperado de 25 pontos base. No continente, a temporada de balanços voltou a ser destaque, enquanto a aplicação das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entra em vigor.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,92%, a 546,05 pontos. Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,69%, a 9.100,77 pontos. Em Frankfurt, o DAX subiu 1,11%, a 24.190,70 pontos. Em Paris, o CAC 40 avançou 0,97%, a 7.709,32 pontos. As cotações são preliminares.
Da temporada de balanços, a Maersk foi destaque positivo, com alta de 5,14% em Copenhague, após a gigante dinamarquesa de transporte marítimo superar expectativas de lucro e receita no segundo trimestre e elevar suas projeções para 2025. Já em Frankfurt, a seguradora alemã Allianz subiu 4,11%, depois de lucrar mais que o esperado e reafirmar seu guidance anual.
Depois de cortar o juro a 4%, o BoE deu sinais de que poderá reduzir a taxa em ritmo mais lento, segundo a Capital Economics. A consultoria destaca que a decisão deste mês foi mais apertada do que o esperado, com 5 votos a favor e 4 contra, enquanto previa um placar de 7 a 2.
O comitê do BoE deu indícios de que será mais cauteloso nos próximos meses, ao avaliar, por exemplo, que o "risco de alta em torno das pressões inflacionárias de médio prazo" aumentou desde maio, apontou a Capital. Diante desse quadro, a consultoria diz estar "menos confiante" na previsão de que o próximo corte de juros do BoE virá em novembro.
Enquanto isso, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou que está em preparação um encontro com Trump, que deve ocorrer "na próxima semana", o que impulsionou ações de certas empresas, como o caso da ArcelorMittal, que subiu 4,33% em Madri, onde o Ibex 35 subiu 0,97%, a 14.677,50 pontos.
No noticiário macroeconômico, a produção industrial da Alemanha caiu 1,9% na comparação mensal de junho, bem mais do que o esperado. Para o Commerzbank, com o terceiro declínio mensal consecutivo nas exportações alemãs para os EUA, fica claro que a política tarifária de Trump está desacelerando o comércio. "Os importadores americanos veem as tarifas como um encarecimento dos preços de importação, reduzindo assim a demanda. Por outro lado, a incerteza provavelmente levará os exportadores a reter algumas mercadorias para evitar surpresas no trânsito", avalia.
Em Milão, o FTSE MIB subiu 0,93%, a 41.392,99 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 0,27%, a 7.762,45 pontos.
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