Em contagem regressiva para um dos maiores marcos na saúde pública regional, Palmeira dos Índios, se prepara para a inauguração do Hospital do Médio Sertão de Alagoas, previsto para ser entregue até o próximo dia 20 de agosto, conforme anunciou o governador Paulo Dantas. A nova unidade, além de ampliar o acesso à assistência hospitalar para uma população estimada em mais de 300 mil pessoas de toda a região, trará impactos econômicos importantes, com a criação de mais de mil empregos diretos e indiretos.

A Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas aprovou em 2021 o projeto de lei de autoria da deputada Ângela Garrote que dá nome oficial à unidade: Hospital Maria da Guia Queiroz de Barros, em homenagem à tabeliã pública da cidade, vítima da Covid-19 durante o período mais crítico da pandemia. O gesto simboliza o reconhecimento a todos que perderam suas vidas no enfrentamento ao coronavírus e reforça o elo da nova estrutura com a comunidade local.

Com estrutura de média e alta complexidade, o hospital contará com leitos de urgência e emergência, centro cirúrgico, UTI, e diversas especialidades. Para operar plenamente, será necessário o recrutamento de profissionais das mais variadas áreas da saúde e serviços de apoio: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, vigilantes, recepcionistas, auxiliares de serviços gerais, entre outros.

No entanto, a poucos dias da inauguração, ainda não foi divulgado o critério de seleção ou o modelo de contratação que o Governo do Estado adotará para preencher as vagas. A indefinição tem gerado ansiedade e especulações entre profissionais da área e a população em geral, que aguardam com expectativa a oportunidade de emprego.

Apesar do avanço físico da obra e da proximidade da inauguração, não há informações oficiais sobre concursos, processos seletivos simplificados ou parcerias com organizações sociais (OSs) para gestão e contratação de pessoal. A ausência de um plano claro preocupa especialmente as categorias da saúde que veem no novo hospital uma chance concreta de atuação profissional no próprio território.

Além do apelo simbólico e humanitário da unidade, há também uma grande expectativa política e institucional: a inauguração deve contar com autoridades estaduais como o ministro Renan Filho, o senador Renan Calheiros, o governador Paulo Dantas e o deputado Marcelo Victor, um dos principais apoiadores da obra. Há também rumores de uma possível presença do presidente Lula, o que elevaria ainda mais a visibilidade do evento.

Enquanto o hospital se aproxima da reta final para abertura das portas, a população, os profissionais e os gestores públicos seguem atentos às definições sobre seu funcionamento. A esperança de melhor acesso à saúde e geração de emprego caminha lado a lado com a cobrança por transparência e organização.