Economia
OMC vê desaceleração no comércio global em 2025 com tarifas, após crescimento sólido em 2024

O comércio global registrou forte expansão em 2024, mas enfrenta uma perspectiva mais incerta para 2025, segundo o relatório anual divulgado nesta quinta-feira pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
De acordo com o documento, o volume de comércio de mercadorias cresceu 2,9% em 2024 e superou o avanço do PIB global (2,8%) pela primeira vez desde 2017, exceto pelo período de recuperação pós-covid19. Já o comércio de serviços comerciais aumentou 6,8% em volume e 9% em valor.
A entidade, no entanto, reduziu suas previsões para 2025. "As tarifas em alta e a incerteza nas políticas comerciais levaram os economistas da OMC a revisar para baixo suas projeções", apontando agora para uma leve contração de 0,2% no comércio de bens e crescimento de apenas 4% nos serviços.
Apesar do bom desempenho em 2024, a Europa foi a única região com queda nas exportações e importações. "O comércio dentro da União Europeia (UE) caiu 3,2%", pressionando os números globais. Excluindo o bloco, o crescimento mundial de bens foi de 4,3%. A China manteve a liderança nas exportações, com US$ 3,58 trilhões, enquanto os EUA lideraram as importações, com US$ 3,36 trilhões, diz a OMC.
Um dos destaques foi a ampliação do superávit comercial da China em cerca de 20%, para US$ 990 bilhões, "impulsionado pela fraca demanda interna". O excedente com os EUA subiu 7%, mas aumentos maiores foram registrados com outros parceiros, como a UE (12%).
No comércio de serviços, o setor de viagens cresceu 13% e os serviços digitais, como computação e finanças, avançaram 8,3%, atingindo US$ 4,64 trilhões. A OMC destacou que os serviços digitais representaram 14,5% das exportações mundiais de bens e serviços.
Mesmo não sendo diretamente afetado por tarifas, o setor de serviços também sente os efeitos. "A desaceleração no comércio de bens reduz a demanda por serviços relacionados, como transporte e logística", alertou a organização. A previsão inicial de alta de 5,1% para os serviços foi reduzida para 4%, embora com alguma melhora após abril, diante de mudanças recentes nas políticas comerciais.
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