O irmão de Mahmood Shah Habibi, ex-chefe da Autoridade de Aviação Civil Afegã com dupla cidadania afegã e norte-americana que "desapareceu" no Afeganistão, acusou a CIA de inação e falta de vontade de garantir a libertação de seu parente, informou a agência de notícias Afghanistan International.

No terceiro aniversário da detenção e subsequente "desaparecimento" de seu irmão, Ahmad Shah Habibi negou as alegações sobre as conexões de seu irmão com a CIA.

O Talibã deteve Habibi em conexão com o assassinato do líder da Al-Qaeda (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) Ayman al-Zawahiri em Cabul, em 2022, embora Habibi tenha retornado a Cabul vindo dos Emirados Árabes Unidos cinco dias após a operação para eliminar o terrorista, segundo a apuração, acrescentando que o irmão de Habibi afirmou que os serviços de inteligência dos EUA não o alertaram sobre a operação nem impediram seu retorno ao Afeganistão.

A CIA segue fornecendo financiamento e informações à Diretoria Geral de Inteligência (GDI, na sigla em inglês) do Afeganistão, a mesma agência responsável pela prisão e detenção dos desaparecidos, disse o irmão do detido. Seus repetidos pedidos de reunião com representantes da CIA não foram atendidos, disse ele, instando a agência a usar seus contatos para negociar a libertação de seu irmão.

Em 3 de julho, o Talibã rejeitou as alegações dos EUA de que o grupo estava mantendo Habibi sob custódia. O Departamento de Justiça dos EUA já havia oferecido uma recompensa de US$ 5 milhões (mais de R$ 27,1 milhões) por informações que pudessem ajudar a estabelecer seu paradeiro.