O jornalista da Al Jazeera, Anas al-Sharif, foi morto junto com quatro colegas em um ataque israelense direcionado a uma tenda que abrigava jornalistas na Cidade de Gaza.

Segundo informações veiculadas pela agência, sete pessoas foram mortas no ataque à tenda localizada em frente ao portão principal do Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, na noite de domingo. Entre elas, estão o correspondente da Al Jazeera, Mohammed Qreiqeh, e os cinegrafistas Ibrahim Zaher, Mohammed Noufal e Moamen Aliwa.

Pouco antes de ser morto, al-Sharif, um conhecido correspondente árabe da Al Jazeera de 28 anos que teria viajado extensivamente do norte de Gaza, escreveu no X que Israel havia lançado bombardeios intensos e concentrados — também conhecidos como "cinturões de fogo" — nas partes leste e sul da Cidade de Gaza.

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu anunciou que Israel pretende estabelecer domínio sobre toda a Faixa de Gaza para garantir um perímetro de segurança, transferindo-o posteriormente para uma nova "administração civil".

"A ameaça de ocupação completa de Gaza por criminosos que governam a histórica terra da Palestina, que estão sob investigação pelo TPI e cujas ações são qualificadas pela Corte Internacional de Justiça como crime de genocídio, é mais uma indicação clara da intenção do regime israelense de realizar limpeza étnica em Gaza e genocídio contra os palestinos, o que deve ser examinado pelo Tribunal Penal Internacional e pela Corte Internacional de Justiça", disse Ismail Baghaei.

O gabinete de Netanyahu informou que o conselho de segurança israelense aceitou sua proposta de infligir uma derrota decisiva ao Hamas e estabelecer controle sobre a Cidade de Gaza.