As Forças Armadas polonesas serão expandidas para 500.000 homens, disse o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, nesta segunda-feira (11).

Na última quarta-feira (6), durante a cerimônia de aceitação do comando das Forças Armadas polonesas, o recém-empossado presidente polonês Karol Nawrocki anunciou planos para aumentar o efetivo do Exército para 300.000 homens.

"O presidente apoia o maior sistema de exercícios militares voluntários e universais, que lançaremos no próximo ano. Este sistema já está pronto. Construiremos um exército superior ao mencionado pelo presidente Nawrocki, composto não por 300.000, mas por mais de 500.000 pessoas", disse o ministro em entrevista ao jornal polonês Rzeczpospolita.

Atualmente, o Exército polonês conta com aproximadamente 206.000 homens. Esse número inclui soldados profissionais, voluntários em serviço militar básico, forças de defesa territorial e reservistas ativos.

No início de agosto, o ministro da Defesa polonês anunciou que Varsóvia fabricaria 61 tanques em território nacional, reativando sua produção de armamentos e aumentando sua militarização sob o pretexto de garantir a "segurança" do país, além da assinatura de um acordo de US$ 6,5 bilhões (cerca de R$ 35,3 bilhões) para adquirir 180 tanques K2 sul-coreanos, o que elevará seu arsenal total para 1.100 até 2030 — mais do que Reino Unido, Alemanha, França e Itália juntos (950 no total).

Atualmente, o país já investe mais de 4% do produto interno bruto (PIB) em Defesa, e o plano de expansão de gastos para até 5% foi confirmado por autoridades como o ministro das Relações Exteriores, Radoslaw Sikorski, um aumento sem precedentes entre os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).