Economia
Ouro fecha em queda em meio a tensões geopolíticas, tarifas e correção de ganhos

O contrato mais líquido do ouro fechou em queda nesta segunda-feira, 11, enquanto investidores mantêm expectativas para o encontro entre o presidente americano, Donald Trump, e o homólogo russo, Vladimir Putin, no qual devem ser discutidas possibilidades para encerrar a guerra entre Rússia e Ucrânia, bem como mais explicações para a tarifa ao metal dourado. O ouro também cedeu em movimento de correção aos ganhos recentes, após bater recorde na sessão de sexta-feira, 8.
O ouro com vencimento em dezembro encerrou em queda de 2,48%, a US$ 3.404,70 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex).
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, Trump disse que a reunião com Putin será "apenas para sondar possíveis soluções para a guerra da Ucrânia" e espera uma discussão "bem construtiva". Para a StoneX, o encontro entre os líderes gera enfraquecimento da demanda por ativos considerados refúgios seguros, o que enfraquece os valores do ouro. "Ainda assim, as expectativas de múltiplos cortes nas taxas de juros do Federal Reserve (Fed) estão impedindo que a perspectiva de curto prazo para o ouro seja totalmente pessimista", acrescenta.
Cortes nos juros pelo BC dos EUA costumam beneficiar o ouro e, de acordo com o Swissquote Bank, o mercado espera a leitura do índice de preços ao consumidor (CPI) americano, que será divulgada nesta terça-feira, 12. Segundo o banco suíço, se a inflação for maior do que o esperado, os investidores provavelmente reduzirão as expectativas de corte de setembro, mas se os dados apontarem para números abaixo do esperado, a reação dos investidores pode ser de ampliação das expectativas de flexibilização mais incisiva pelo Fed.
Ainda, o ouro recuou, após a confusão sobre uma possível tarifa americana sobre o metal precioso, diz o MUFG. As autoridades dos EUA supostamente classificaram barras de um quilo e 100 onças como sujeitas a tarifas de importação, mas posteriormente a Casa Branca disse que emitiria um esclarecimento sobre o assunto. "A decisão, que contradiz uma isenção anterior de abril, pode interromper os fluxos globais de comércio de ouro", afirma.
*Com informações da Dow Jones Newswires
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