O presidente do Sistema Faeal/Senar, Álvaro Almeida, acompanhou a homenagem recebida pelo presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, nesta segunda-feira (11), em São Paulo. Martins foi agraciado com o Colar de Honra ao Mérito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), reconhecimento proposto pela deputada estadual Edna Macedo (Republicanos/SP).

A honraria é destinada “a integrantes da sociedade que contribuíram com efetividade em suas áreas de atuação, isto é, que comprovadamente trouxeram avanços significativos para a população”. Em sua fala, Edna Macedo destacou a trajetória e protagonismo de João Martins no setor agropecuário e disse que sua jornada demonstrou uma capacidade de enxergar além dos desafios imediatos, “identificando oportunidades onde outros viam apenas obstáculos”, disse.

O presidente Álvaro Almeida destacou que a liderança de João Martins levou a CNA ao centro das decisões sobre o agronegócio no país e elevou a qualidade dos serviços prestados pela instituição. “O nosso presidente, através do trabalho realizado pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar mudou para melhor a vida dos produtores rurais do nosso país, sem falar na valorização cada vez maior da formação profissional rural”, assinalou Álvaro Almeida.

A cerimônia, realizada em sessão solene na sede do parlamento paulista, reuniu presidentes de federações estaduais, secretários de Estado de São Paulo, diretores do Sistema CNA/Senar, parlamentares, autoridades, lideranças do setor, jornalistas, amigos e familiares do homenageado.

Discurso

O presidente da CNA agradeceu a honraria concedida e falou do “orgulho” de receber o Colar de Honra ao Mérito da Assembleia. “Sou consciente de que essa distinção se deve mais à generosidade das senhoras e senhores parlamentares do que propriamente aos meus próprios méritos”. Em seu discurso, João Martins lembrou que, em menos de 50 anos, o país deixou de ser importador de alimentos e se tornou o terceiro maior produtor e o maior exportador do mundo. “Isso foi possível graças à visão de alguns homens de ciência e de governo e, principalmente, pelo espírito empreendedor de uma geração de produtores rurais”.

João Martins ainda citou a capacidade do setor em se organizar, falou das diversas entidades setoriais criadas, todas “importantes e pertinentes”. E para “coroar esse sistema organizacional” está o Sistema CNA, organização representativa que começa nos 2.000 sindicatos nos municípios, estende-se por Federações em cada Estado e culmina com a Confederação no nível federal, “dando consistência e unidade a todo esse conjunto”, disse.

Segundo o presidente da CNA, graças à capacidade de organização e “nossa articulação com o parlamento, em que foi criada uma bancada de defesa do agro”, evitam-se legislações que prejudicam “injustificadamente a produção”. Em seu discurso, João Martins ainda falou que o país tem uma das agriculturas menos subsidiadas do mundo e que, apesar do crédito rural sob gestão do governo, “a maior parte do financiamento da nossa produção tem origem no setor privado, com custos de mercado”. No entanto, no plano institucional, a produção precisa cada vez mais do apoio da política e dos governos.

“Enquanto os produtores se empenham nas duras condições da produção, eles esperam que as entidades de sua representação, e os políticos que se alinham aos interesses maiores do país, cooperem entre si. Dessa forma, a política será um fator de desenvolvimento e não um campo de conflitos”, disse Martins. Ao concluir, o presidente da CNA afirmou que a homenagem da Assembleia Legislativa de São Paulo tem um “significado especial porque parte da minha vida está aqui, neste grande Estado, onde vivem meus filhos e netos”.