O ministro da Defesa da Colômbia, Pedro Sánchez, confirmou na última segunda-feira (11) a morte de um dos supostos mandantes do assassinato do senador e pré-candidato à presidência do país Miguel Uribe Turbay, falecido ontem após dois meses de internação desde o atentado.

Segundo a imprensa colombiana, um dos responsáveis por ordenar o ataque armado contra o político é o guerrilheiro Zarco Aldinever, um dos dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), cujo falecimento na Venezuela foi validado pela inteligência de Bogotá, conforme depoimento dos detidos acusados de envolvimento no crime e provas recolhidas nas investigações.

Aldinever liderava uma das dissidências das Farc, o grupo Segunda Marquetalia, que anunciou sua morte em 5 de agosto, atribuindo-a à Frente de Guerra Oriental do Exército de Libertação Nacional (ELN), atuante na fronteira entre a Colômbia e a Venezuela.

Em entrevista coletiva, Sánchez declarou que "após essa declaração, conduzimos uma investigação com nossos órgãos de inteligência para verificar sua autenticidade, pois trata-se de criminosos em quem não se pode confiar", confirmando posteriormente que, "de acordo com a inteligência técnica, Zarco Aldinever foi de fato morto pelo ELN".

Em 7 de junho, enquanto realizava um comício eleitoral em Bogotá, Uribe foi atingido com dois tiros na cabeça e um perna, tendo passado por diversas cirurgias até o óbito ocorrido ontem. Ao menos seis acusados de envolvimento no atentado, incluindo um menor de 15 anos, tido como o atirador, foram detidos pela polícia colombiana.