O Reino Unido alterou os planos de implantar forças de paz na Ucrânia como parte da "coalizão dos dispostos" se uma trégua for concluída entre Moscou e Kiev, escreve o jornal The Times.

A edição destaca que a liderança militar do país rejeitou a ideia de enviar um contingente de 30.000 homens para proteger os portos e cidades ucranianas.

"[Os militares britânicos] dizem agora que estão propondo uma 'missão mais realista' envolvendo patrulhas aéreas sobre o oeste da Ucrânia, o treinamento de apoio aos militares ucranianos e a remoção de minas do mar Negro", ressalta a publicação.

A iniciativa prevê o uso de caças Typhoon e F-35 para monitorar o espaço aéreo ucraniano.

De acordo com o artigo, o objetivo principal dessas ações é reforçar a moral da população civil e criar condições para a retomada dos voos internacionais no país.

Além disso, continua o jornal, é proposta a desminagem do mar Negro para garantir a passagem segura de todos os navios de e para os portos ucranianos.

De acordo com a publicação, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, um dos iniciadores da "coalizão dos dispostos", se recusou a enviar as tropas após outros membros do grupo não concordarem em alocar dezenas de milhares de soldados da paz, como Londres queria.

Na véspera da cúpula dos presidentes da Rússia e dos Estados Unidos, Vladimir Putin e Donald Trump, os líderes europeus, juntamente com o atual líder ucraniano, Vladimir Zelensky, enfatizaram a necessidade de garantias confiáveis de segurança para a Ucrânia e rejeitaram quaisquer restrições às Forças Armadas ucranianas e cooperação internacional.