Alagoas
Programa AVC Dá Sinais completa quatro salvando vidas em Alagoas

Agosto marca os quatro anos do Programa “AVC Dá Sinais”, iniciativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que tem feito a diferença na vida de milhares de pessoas acometidas por Acidente Vascular Cerebral (AVC). Desde sua criação, em 2021, o programa já atendeu 6.590 pacientes com suspeita de AVC, sendo 4.116 casos confirmados.
Desde a implantação do programa foram realizadas trombólises em 504 pacientes, representando 19,3% dos casos elegíveis. Já a trombectomia, que é um procedimento mais complexo, foi indicada em 137 casos (5,3%).
Os indicadores apontam também o impacto positivo da iniciativa nos hospitais de referência do Estado, como o Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA). Isso porque os profissionais seguem os tempos estabelecidos de atendimento e, além disso, a maior parte dos pacientes atendidos está na faixa etária de 51 a 80 anos, com leve predominância do sexo masculino.
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O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, salienta que o Programa AVC Dá Sinais é um exemplo de como a tecnologia e a gestão eficiente podem transformar a realidade da saúde pública em Alagoas. “O AVC Dá Sinais é uma das maiores provas de que investir em inovação e em equipes qualificadas salva vidas. A telemedicina nos permite chegar mais longe, com mais precisão e humanização”, pontua o titular da Sesau.
Superação
A história de superação da aposentada Severina Soares, de 66 anos, moradora de Maceió, ilustra o impacto do AVC Dá Sinais. Ela relata que começou a perceber que seu corpo não estava normal duas semanas antes do AVC, porque estava perdendo o equilíbrio da perna esquerda e não conseguia executar mais de uma tarefa.
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"Sentia ânsia de vômito após comer, tontura e muita dor na região do pescoço e cabeça, com dormência. Cheguei a ficar uma noite inteirinha sem dormir, mas não atentei quanto à procura a uma unidade de saúde, até que, estendendo roupas, senti uma tontura muito forte e comecei a perder os movimentos do lado esquerdo. Foi aí que meu filho me levou à UPA [Unidade de Pronto Atendimento], tendo sido rapidamente encaminhada ao Hospital Metropolitano”, relata a paciente.
Na unidade hospitalar, a Severina Soares realizou o procedimento que dissolve o coágulo causador do AVC isquêmico e se recupera sem nenhuma sequela. “A assistência ao acidente vascular no cérebro deve ser imediata. Graças a Deus e à equipe, estou aqui, falando, andando e vivendo de novo”, frisa emocionada.
Atuação Integrada
Casos como o de Severina Soares são possíveis graças à atuação integrada das unidades hospitalares e à eficiência nos tempos de atendimento. O neurologista Matheus Pires, responsável técnico pelo AVC Dá Sinais, explica que o sucesso depende da rapidez no reconhecimento dos sintomas e da adesão aos protocolos estabelecidos.
“Nosso foco é garantir agilidade e segurança. O tempo entre a chegada do paciente e o início da tomografia, por exemplo, caiu para uma média de 26 minutos. Já o início da trombólise acontece, em média, 76 minutos após a chegada do paciente”, destaca o neurologista.
Com base na conscientização dos sinais de alerta, reforçada pelo programa AVC Dá Sinais, Alagoas tornou-se uma referência em atendimento rápido, humanizado e eficaz, segundo ressalta o neurologista. “Com o apoio das equipes multiprofissionais e da regulação estadual, conseguimos oferecer um atendimento de excelência pelo SUS. E o mais importante: salvar vidas e evitar sequelas graves”, conclui Matheus Pires.
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