O líder do Hezbollah, Naim Qassem, alertou nesta sexta-feira (15) que a decisão do governo do Líbano de desarmar o grupo antes do final do ano "poderá levar a uma guerra civil", ameaça que foi rebatida por Beirute. A declaração foi dada em um discurso transmitido pela TV, onde Qassem apontou que essa medida significaria "a entrega do país a Israel", que realizou diversos ataques no Líbano nos últimos meses com a justificativa de "acabar com membros do Hezbollah". Por outro lado, o líder do movimento xiita reforçou que "o Hezbollah está pronto para lutar" a fim de "preservar seu arsenal".


Sua fala ocorreu após uma reunião com um alto funcionário de segurança do Irã, principal patrocinador do grupo armado, que também demonstrou oposição à decisão do governo de Beirute. Para o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, "as ameaças de guerra civil" do Hezbollah são "inaceitáveis". As declarações de Qassem "contêm uma ameaça implícita de guerra civil e qualquer intimidação relacionada a um confronto é totalmente inaceitável", escreveu o premiê no X, fazendo também um alerta: "Cuidado com ações irresponsáveis que incentivam o motim".

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