Ucrânia, se rejeitar os termos acordados pelos presidentes da Rússia e dos EUA no Alasca, pode perder dados de inteligência e armas americanas, e assim a espera uma derrota militar ainda mais rápida, disse à Sputnik o vice-diretor do Centro de Estudos Europeus e Internacionais da Escola Superior de Economia da Rússia, Dmitry Suslov.

Mais cedo, o presidente dos EUA, Donald Trump, em entrevista à Fox News, afirmou, entre outras coisas, que a possibilidade de chegar a um acordo para resolver o conflito ucraniano agora, depois da reunião com o líder russo Vladimir Putin no Alasca, depende de Vladimir Zelensky e dos países europeus.

"Se Zelensky e a Europa concordarem com os termos já acordados por Putin e Trump, detalhes dos quais não sabemos, o processo de paz continuará. E então em um futuro próximo podemos esperar uma organização de uma nova cúpula bilateral ou trilateral, com a participação de Zelensky. Se Kiev e a Europa recusarem, então Trump provavelmente suspenderá o fornecimento de inteligência dos EUA para Kiev, muito provavelmente suspenderá a venda de armas dos EUA para a Europa em favor da Ucrânia", disse Suslov.

Em tal caso, acrescentou o especialista, Kiev espera uma derrota militar ainda mais rápida no campo de batalha, porque a Europa sem participação dos EUA não vai lidar com o suporte da vida militar da Ucrânia.

Na sexta-feira (15), o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo norte-americano Donald Trump se encontraram no Alasca. A reunião dos líderes ocorreu na base militar de Elmendorf-Richardson em Anchorage. A conversa em um formato estreito "três por três" durou duas horas e 45 minutos.

Como observou o líder russo no final da reunião, foi alcançado um entendimento entre as partes que pode abrir o caminho para a paz na Ucrânia. Ambos os líderes expressaram sua vontade de trabalhar para pôr fim ao conflito.